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A musicologia na era do porquinho Babe é uma edição multimedia: livro, fotograma, partitura e CD da autoria de Vítor Rua - antologia de signos literários, sonoros e visuais com algo de comum - apresenta-se, por isso, como metaconto duma alegada ficção científica, muito especial como irão ver…
A sua escrita é tão aliciante quanto introspectiva, tão marcada pela ironia como pelo discurso críptico e exigente; o texto fluido e pedagógico a sua leitura é sempre gostosa e carregada de recolha de informação.
lustrado de videogramas neo-subjectivistas construídos em computador; articulações visuais do subconsciente e, inclui intermitentes lapsos de pautas da própria autoria.
O livro é formado por dez pequenas histórias, de recorrente e intelectual cavaquear, inventadas numa situação espaciotemporal tríptica, no presente, no passado e no futuro; envolvidas com problemáticas cosmológicas, insinuações científicas, opinião musicográfica… libreto duma dezena de quadros de opereta.
Os seus heróis são personagens da estirpe suína da mais simpática fábula, que discute diversos problemas musicológicos, teóricos e tecnomusicais de forma descontraída, ora de abrasivo cinismo ora grotesca ora de profunda reflexão, sem que qualquer postura desequilibre o divertido estilo ficcional.
Todas as matérias abordadas por Vítor Rua neste metatexto, especialmente as relativas à música, revelam o saber historicista e pluridisciplinar, a acção vivida muito concreta e prestigiosa, a imaginação futurística.
A musicologia na era do porquinho Babe é um objecto apetecível, saboroso e rico em ideias; o metaconto mantém viva a original criatividade do escritor musical pop e supera-se na erudição.
A sua épica é um sortido de diálogos de banda desenhada ou de intrincados raciocínios sobre notação musical, e muito mais… discussões espantosas este objecto multimedia é a conciliação musicológica do bom humor com a seriedade - a voz introspectiva do autor e o dissertar diletante dos porquinhos muito sofisticados vivendo em cenários paradoxais, leva-nos á Alegria da Música.

JORGE LIMA BARRETO