O Jazigo do Poeta Volume IV petrificação

Nascido na Lisboa dos anos 60, falecido algures entre o final dos anos 80 e a primeira metade dos 90, teve uma breve ressurreição nos anos recentes para acabar de viver a sua morte. São-lhe alheios os graus académicos que tem e ainda mais a profissão onde acabou por morrer. O mesmo se diga da esporádica atividade política e da cidade onde lhe calhou ser estrangeiro. Enquanto jazia falecido, casou e procriou, e a estranheza de se ter entregado totalmente durante um quarto de século acabou como devia ter começado. E, durante todos esses anos, o poeta falecido e largado fora como lixo era um trambolho que incomodava cada ação, cada pensamento, cada situação. O cadáver do poeta manteve-se como um aguilhão, uma acusação, uma denúncia que exigia um funeral condigno. Talvez, agora, possa para sempre descansar.
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